Produtividade de escavadeiras precisa ser medida a partir de dados de monitoramento 

Acompanhar a produtividade de escavadeiras garante eficiência da obra, afirma o especialista de Produto da Link-Belt, Vladimir Machado. Ele diz que, ao investir ou alugar máquinas, é recomendado que os proprietários e locadores realizem o monitoramento periódico de dados específicos. 

Quando cuidadosamente avaliados e otimizados, os indicadores ajudam a reduzir os custos operacionais, ampliar a prestação de serviços e otimizar o cronograma da obra, resultando em mais atendimentos e no retorno do investimento. 

A produtividade se relaciona à quantidade de trabalho que a máquina é capaz de realizar, em determinado período de tempo, segundo critérios de velocidade, eficiência e qualidade do serviço. “A produtividade impacta no custo da operação ao ajudar a diluir gastos em manutenção, combustível, aquisição, investimento e outros. Quanto mais se produz com segurança e qualidade, mais diluição de custos e dinheiro em caixa”, revela o profissional. 

No que a falta de produtividade pode resultar? 

Na mineração, por exemplo, Machado diz que escavadeiras atuando em carregamento com produtividade menor que a esperada para a classe de peso pode ocasionar uma fila de espera de caminhões, atrapalhar o rendimento do britador ou até prejudicar o cronograma de manutenção do próprio equipamento. 

Já em uma obra de infraestrutura viária, é calculada a quantidade de escavadeiras necessárias para movimentar uma quantidade de terra em um certo tempo. Caso os equipamentos trabalhem aquém do dimensionamento, o tempo para a movimentação será maior, impactando em custos não programados e em atraso no cronograma. 

A produtividade do equipamento também reflete em mais segurança aos trabalhadores envolvidos na frente de trabalho, uma vez que uma operação eficiente tende a minimizar a exposição a riscos de acidentes. 

Como avaliar os dados 

Para a tomada de decisões em um canteiro de obras, os dados sobre produtividade devem ser avaliados junto a outras variáveis de escavadeiras, como os gastos com manutenção, combustível, perfil do operador e custo de aquisição. 

Machado explica que o objetivo é gerar um resultado financeiro aos gestores para viabilizar a ampliação da frota, a troca da máquina, a compra de equipamentos de apoio e outras necessidades, sempre com intuito de melhorar a produtividade. 

Entre as informações coletadas para medir a produtividade de uma escavadeira estão o ciclo de carregamento e os tempos de cada atividade; o ângulo de carregamento e descarga; alturas de bancadas; além da especificação da máquina – incluindo caçamba, braço, sapata e lança – e do terreno em que ela está operando. 

O especialista orienta às empresas dois pontos de atenção: a especificação do equipamento em conformidade com a operação e a manutenção da escavadeira, para garantir a disponibilidade para a produção e evitar paradas não programadas. 

Outra necessidade é capacitar os operadores a identificar pontos que limitam a produtividade, dentro da atividade. “A experiência do operador reflete diretamente na produtividade. As máquinas também possuem pontos de referência, ou indicadores, para comparar o que se espera do equipamento”, detalha Machado, ao enfatizar a contribuição desse profissional nos resultados do equipamento. 

A coleta de dados pode ser realizada de forma simples, pelo celular, por GPS, cronômetro e câmera. Porém, conforme a complexidade da obra ou necessidade da empresa, podem ser utilizados softwares de simulação de operações ou para medição de volume, fragmentação e tamanho de rochas, por exemplo. O ideal é contar com um profissional especializado, para que os dados sejam os mais acurados frente à realidade da obra. 

Consumo de combustível e produtividade 

Ainda é possível otimizar o consumo de combustível e a produtividade de escavadeiras, segundo o especialista da Link-Belt. “Há atitudes simples que ajudam a impactar na diminuição do consumo, como verificar os períodos de marcha lenta, diminuído sempre que possível. 

Outro ponto é evitar o deslocamento excessivo, além de escolher o modo de trabalho correto, de acordo com a atividade. “Não existe uma fórmula padrão para aumentar a produtividade”, alerta o profissional. 

Quando uma escavadeira não atinge a produtividade ideal, também é preciso investigar problemas mecânico, hidráulico ou elétrico e o cronograma de manutenção preventiva. “O treinamento dos operadores deve ser uma rotina, seja para segurança como para o desempenho dos equipamentos. Quando há uma rotina, sempre existe possibilidade de melhoria pontual ou de mudança de paradigma”, conclui Machado.

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