Equipamentos da linha amarela podem ter “década dourada” a partir deste ano
O Brasil deve viver os seus “anos dourados” a partir de 2022 no setor de equipamentos para construção, de acordo com previsões do Estudo de Mercado da Sobratema, que cruza vários indicadores, como os elaborados mensalmente pela Abimaq. Já neste ano, devemos ver o maior volume de novas máquinas da linha amarela de construção da história, com comercialização de cerca de 35,2 mil unidades.
Se confirmado, o número será maior que o de 2013 – momento que até então guardava a dianteira desse setor ao ter registrado a venda de 33 mil equipamentos da linha amarela – o que inclui retroescavadeiras, escavadeiras, pás-carregadeiras, tratores de esteiras, rolos compactadores e mini-equipamentos.
Segundo o estudo da Sobratema, o recorde de 2022 resulta de uma sequência positiva, iniciada no ano passado, quando foram vendidos mais de 31 mil equipamentos da linha amarela (crescimento de 39% sobre 2020).
Fatores positivos para linha amarela
Os resultados se devem a vários fatores, entre eles o fato de a mineração e a construção serem atividades ao ar livre e consideradas essenciais desde os primeiros dias de pandemia, o que permitiu que o setor não fosse paralisado em atenção às medidas sanitárias contra a Covid-19.
Outro fator ao qual a Sobratema associa o bom desempenho é a concretização do setor privado como rinvestidor em infraestrutura. Segundo o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, a participação mais ativa da iniciativa privada avança desde a década passada, incluindo financiamentos como debêntures incentivadas para o segmento de infraestrutura.
Somente em 2022, esse tipo de debênture teria atingido uma movimentação de R$ 3,4 bilhões. Entre as empresas que utilizaram o recurso, ele destacou as locadoras de equipamentos – um segmento representativo no setor, pois é responsável pela aquisição e gestão de mais de um quarto da frota comercializada historicamente.
