Equipamentos compactos lideram eletrificação de frota 

Entre os equipamentos de construção movidos a energia, as máquinas compactas são as que mais ganham vantagem no mercado. Obviamente, por conta de seu tamanho, esse tipo de modelo exige baterias menores e tem um ciclo de trabalho diário mais curto, favorecendo a eletrificação. 

Foto: reprodução site/Volvo CE.

Os próprios fabricantes concordam com isso. Ray Gallant, vice-presidente de gerenciamento de produtos e produtividade da Volvo Construction Equipment, diz que as baterias de 48 volts e os ciclos de trabalho das máquinas compactas combinam perfeitamente. Chris Lucas, gerente de produto para escavadeiras da JCB North America, também concorda e diz que, do ponto de vista tecnológico, o equipamento compacto movido a energia elétrica foi um dos mais fáceis de desenvolver.

A própria Volvo CE interrompeu, em 2019, o desenvolvimento de novas escavadeiras compactas e carregadeiras de rodas movidas a diesel. Meses depois, apresentou protótipos de escavadeira compacta e pá carregadeira, ambos elétricos. Ambas as máquinas, a ECR25 e a L25, estão atualmente em produção, e a Volvo CE está adicionando mais três modelos elétricos à sua linha norte-americana. 

Três desafios para eletrificação 

Apesar dos benefícios ambientais que equipamentos elétricos trazem, há alguns poréns na adoção de equipamentos do tipo: custo inicial, tempo de execução por carga e tempo de carregamento. Principalmente por causa do custo atual das baterias, as máquinas elétricas normalmente custam duas a três vezes mais do que uma máquina a diesel do mesmo tipo. 

 A JCB, no entanto, fez um estudo de retorno sobre o investimento que mostrou um ROI de 50% dentro de três a cinco anos, diz Lucas. “Não há manutenção e custos com máquinas elétricas”, acrescentou. “Tudo o que você está fazendo é carregar a máquina e encher os fluidos hidráulicos.” 

A expectativa do mercado é que os preços das máquinas elétricas cairão à medida que o aumento do volume apoiar a redução dos custos dos componentes. A maioria dos fabricantes cita uma faixa de tempo de execução de 4 a 8 horas para uso “médio” em equipamentos compactos e um carregamento de bateria de oito horas. 

Mas comparar os tempos de execução em uma máquina elétrica totalmente carregada com um tanque cheio em unidades a diesel não é o ideal. Uma máquina elétrica se comporta de maneira diferente de uma máquina a diesel. Os fabricantes alegam que, quando você solta os joysticks de uma máquina elétrica, não há ociosidade. Ou seja, o operador pode obter um dia ou mais de trabalho produtivo porque normalmente não está operando a máquina oito horas contínuas por dia. 

Infraestrutura de carregamento 

Se o objetivo é zerar as emissões de gases de efeito estufa, não faz sentido carregar uma máquina elétrica com um gerador a diesel. A questão é como levar energia para os canteiros de obras. 

Após desenvolver sua escavadeira compacta elétrica, a JCB lançou um carregador rápido universal, projetado para carregar a frota de máquinas E-Tech da empresa. “Sempre tentamos incluir várias opções de carregamento”, disse Rebecca Yates, gerente sênior de produtos para manuseio de materiais da JCB North America. 

Já a solução da Beam Global é um carregador fora da rede movido a energia solar, o EV ARC 2020. A empresa anunciou uma parceria com a Volvo CE na qual os revendedores norte-americanos da fabricante de equipamentos podem agregar o sistema ARC com a compra de seus modelos elétricos. 

Os fabricantes afirmam que ainda será necessária uma mudança de pensamento na forma que os operadores enxergam os equipamentos elétricos. A ideia é imaginar que essas máquinas sejam recarregadas em seus períodos ociosos, como fazemos com nossos smartphones. Para isso, o mercado já trabalha no desenvolvimento de carregadores sem fio para os canteiros de obras. 

De qualquer forma, os próprios fabricantes sabem que a adoção generalizada de uma nova tecnologia só começará quando ela for economicamente viável. A diferença é que a expectativa dos equipamentos elétricos faz com que a disposição para que eles “colem” no mercado aumente. 

Fonte: AEM 

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