Convicta fecha 2022 com crescimento de 50% na venda de betoneiras
A renovação de frota está mantendo o crescimento da venda de betoneiras no Brasil, segundo a Convicta. Fabricante tradicional do segmento, a empresa estima um incremento de 50% para 2022 e prevê que esse percentual deverá ser superado em 2023. A companhia acompanha o fôlego do mercado, que passou por um período difícil entre 2015 e 2019, com uma forte retração de vendas.
A recuperação iniciada em 2019 trouxe números positivos, com destaque para o crescimento de 84,8% em 2021, segundo a Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), que registrou vendas de 1,6 mil equipamentos do tipo no ano passado. A estabilidade continua em 2022, sendo que entre janeiro e agosto foram vendidas 1.044 betoneiras, volume similar ao mesmo período de 2021.
Segundo a Convicta, o aquecimento é reflexo do crescimento do mercado da construção civil, que retornou com maior força em 2019, após uma retração forte nos quatro anos anteriores. E com a volta dos projetos de construção, as concreteiras também precisaram renovar e até ampliar suas frotas, permitindo o avanço já comentado do setor de betoneiras.
A Convicta acredita que seu mercado pode crescer ainda mais, puxado por uma nova demanda das concreteiras: o varejo. A fabricante aponta que este segmento também está crescendo e, para atendê-lo, as concreteiras vão precisar ampliar sua frota, já que esse tipo de projeto demanda maior capilaridade para atender diversas rotas em centros urbanos.
A expectativa da empresa, que almeja números ainda melhores em 2023, também é puxada pelo próprio setor da construção civil. Números de setembro da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontam alta da confiança dos empresários do setor, que esperam mais empreendimentos e aumento nas vendas de insumos e matérias-primas nos próximos seis meses, aumentando a demanda do mercado de betoneiras.
Betoneira leve é carta na manga da Convicta
Se tem algo que as concreteiras se preocupam é com o peso dos caminhões betoneira. A lei da balança é exige um chassi com peso bruto total (PBT) superior a 40 toneladas, o que aumenta expressivamente o valor do equipamento. Com isso, betoneiras maiores, de 12 m³, perdem interesse do mercado, já que precisam de caminhões com mais eixos para rodar.
Dessa forma, o equipamento mais requisitado atualmente é o caminhão betoneira (conjunto completo) com capacidade de 8 m³, segundo a Convicta. Mas a fabricante já conta com formas para driblar o desafio e trazer maior produtividade ao setor.
A carta na manga é o modelo de Betoneira Super Leve, lançado em 2019 e que consegue reduzir o peso em cerca de 2,4 toneladas. O modelo da Convicta foi criado em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), Volkswagen Caminhões e a siderúrgica Aperam. O projeto utiliza aços especiais que diminuem peso do conjunto.
O resultado é um equipamento que consegue carregar até 1 m³ de concreto a mais do que modelos convencionais, aumentando a produtividade sem deixar de atender a regulamentação a respeito do peso.
