Investimento das transportadoras em segurança reduz os riscos nas estradas
O transporte de cargas, principalmente no modal rodoviário, requer atenção intensificada em segurança por parte das transportadoras. Isso porque, apesar de formarem somente 5% da frota veicular no Brasil, os veículos pesados, representado por caminhões, são os responsáveis por mais de 40% dos acidentes fatais em rodovias federais brasileiras, de acordo com o Anuário Estatístico da Polícia Federal, realizado em 2022.
De acordo com os cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o prejuízo por consequência desses acidentes supera R$ 12 bilhões por ano e pode chegar a R$ 50 bilhões se incluídos auxílios assistenciais e despesas médicas.
Segundo Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios da Zorzin Logística, esse alto número de incidentes envolvendo os veículos do setor rodoviário de carga se dá pela falta de planejamento e de investimento em projetos. Ela aponta que é necessário investir em conscientização de segurança e em manutenção preventiva dos veículos.
Ela ainda lembra que o investimento de transportadoras no quesito segurança precisa começar nos motoristas. “É necessário e primordial cuidar da saúde e do bem-estar dos motoristas e de toda equipe, pois quem pode evitar acidentes é o motorista que está operando o caminhão. Por isso, assegurar o bem-estar destas pessoas é primeira necessidade para termos operações mais seguras”, destaca.
O preço do diesel e os demais custos da inflação que afetam o transporte rodoviário de cargas também fazem caminhoneiros a esticarem a jornada de trabalho. Segundo Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal, fornecidas a pedido da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), em 2022 foram 50.467 autuações por excesso de jornada, contra 15.825 de janeiro a junho de 2021.
Gislaine aponta que os projetos aplicados na Zorzin já trazem mudanças comportamentais e de responsabilidade ao dirigir. “Nosso objetivo é que todos entendam que essas ações são necessárias e que refletirão não só na vida profissional, mas na vida pessoal. A importância é diminuir a probabilidade de acidentes e fazermos o que for possível para mitigar riscos”, diz.
